Por ser saloio ou por pura contigência da idade, nunca me permiti a gostar de
Pink Floyd para lá da fase Syd Barret. Recordo certa noite, em plena frescura universitária, o sabor do sapo que engoli ao reconhecer a grandeza do
Meddle, não terá sido particularmente azedo mas ainda assim um anfíbio traqueia a baixo a tornar claro que o após 1967 não era bem aquilo que eu tinha construído na minha cabeça. Foram precisos alguns anos e algumas experiências sonoras em banda para chegar mais perto daquilo que é a expressão fiel da natureza do agrupamento inglês. Dessa aproximação não restou qualquer porção da ingenuidade antecedente. Assim, sem penas. Syd Barret continua a dominar certa parte dos meus sonhos pope, mas o que veio a seguir parte tudo. Verbo
Partir, de quebrar.
No quotidiano que percorro agora, invariavelmente deliro com ilusões de Pompeias, Ecos, Cães, Diamantes Marados, Paredes e Lados Obscuros. E Pompeias, Pompeias...
Com dedicatória para Luís Afonso.