quinta-feira, novembro 26, 2009

A virilidade da fé

 No seu ensaio A Agonia do Cristiniasmo, ed. Cotovia, Miguel de Unamuno, para além de duas ou três baboseiras, como a contracapa certeiramente confere aqui, Quando um jesuíta (...) vos disser que estudou muito, não acrediteis. É como se um deles, porque faz todos os dias 15 quilómetros de percurso dando voltas ao pequeno jardim da sua residência, vos dissesse que viajou muito (desde que Francisco Xavier sucumbiu às portas da China em 1552, que a Companhia de Jesus é, também, tradição de grandes viagens), tem, algumas, distintíssimas pérolas. Atente-se o título do capítulo VI, que utilizo como título deste postal, ou o conteúdo do mesmo logo no segundo parágrafo: A fé ingénua e robusta do padre Jacinto não compreendia que ilusão, recordação e esperança não são três hipóteses, mas uma só, que a esperança é uma recordação e que as duas são ilusões e que a fé é, segundo São Paulo, a substância das coisas que se esperam (Heb, XI, 1). A substância de se ser em português: ilusão-recordação-esperança todos num só  e querer sê-lo o mais longe possível dos mal-entendidos do mundo.




Esperança-ilusão-recordação pessoal a curto prazo: como o Padre Jacinto ou como uma criança, acreditar sem fazer perguntas. Ingénuo e Robusto.