terça-feira, dezembro 29, 2009

Os discos do meu ano (ordem aleatória)





 




Eles São Os Smix Smox Smux / Smix Smox Smux:  A minha adolescência no Vale do Ave revisitada em falsetes, guitarras à pavement e farturas.
Merriweather Post Pavillion / Animal Collective: A rebentar nas colunas do automóvel.
Pata Lenta / Norberto Lobo: Norberto é já para nós um lugar comum.
Discovery / LP: Verão.
Meio Disco / Os Quais: O chiado num fonograma. Qualquer coisa do meio do atlântico. Como se quer.
Os Velhos / Os Velhos: Os Velhos são a melhor banda portuguesa neste preciso momento. Este pequeno disco é isso mesmo.
Split - Te Voy A Matar/O Verão Nostálgico do Tiago Lacrau: O meu Verão.

quinta-feira, dezembro 24, 2009


quarta-feira, dezembro 23, 2009

Sendo mais claro

Como se pode aferir através da leitura d'O Inventor, quem por aqui escreve conduz e é vítima de dependência automóvel - o pudor impede-me que descreva certos percursos que por vezes percorro ao volante.
Ora bem, neste último trimestre de 2009 o autor deste blogue conseguiu lugar para estacionar em Lisboa, nada mais, nada menos do que em todas as horas, zonas e ocasiões. Todas. Por graça comentava com certas boleias que concedia: "O Cosmos ainda fará questão de repôr equilíbrio nisto...".

Pois o Cosmos fez mesmo questão de repôr equilíbrio nisto.
Senão vejamos, no espaço de uma semana:

1. Paguei uma coima de 120$ por não falar ao telefone;
2. Encravei uma Mercedes Vitto alugada numa garagem privativa, arruinando todo o lado direito da mesma;
3. Lixei o meu polegar esquerdo;
4. Fiquei sem gasolina no automóvel a meio de um percurso;
5. Desenvolvi uma úlcera na córnea.















Como dizia, o que me vale é não acreditar nessas coisas.

terça-feira, dezembro 22, 2009

É impressão minha

ou o debate político português é em tudo idêntico àquele das juventudes partidárias há 15 ou 20 anos atrás? O Pedro Adão e Silva confirmou, algures na TSF.

Paralelos

Na Senhora das Rosas da Sétima Legião, o Luís Represas é artista convidado e cantarola com alguma graça na cantiga em causa. Foi há 20 anos, em 1989. Agora no final de 2009 imagino que Os Golpes (banda na qual milito) possam fazer o paralelo (de circunstância para este postal) com a Sétima Legião. Mas e agora quem seria o Luís Represas? A avaliar pela sua última capa talvez o B Fachada, a avaliar pela potência vocal talvez o Samuel Úria, a avaliar pela decadência que se avizinha talvez o

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Coisas que irritam #3

Quando o Cosmos resolve transformar a fortuna em má sorte. A coisa Kármika é complicada. O que me vale é não acreditar nisso.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

A Sara e a Tristana!




A primeira vez foi quando ouvi a canção com o seu nome no disco do Vini Reilly, Amigos Em Portugal. Nunca as tinha visto, nem adivinhava sequer as suas aventuras pelo lado superficial da vida. Imaginei, logo aos primeiros acordes do piano dos Durutti Column, qualquer coisa loira ao pé da piscina. Um jogo de badmington, a canasta, ou qualquer outra prazenteira feminina actividade de jardim. Tranças sobrepondo o vestido branco de Verão, nossa senhora azul e branca ao centro, sumol de laranja partilhado em temperatura de cor Super 8. Depois pensei poder vir a conhecer as princesas da Fundação Atlântica, trocar impressões e confirmar a ilusão.


A segunda vez foi quando as vi à mostra na capa da FHM. O fascínio já não era pueril e a romatizada construção dinástica Atlântica também morreu aí. Se bem que aquilo que imagino de uma infanta portuguesa esteja muito próximo da robustez física das gémeas E.C.. Eu sou adepto de infantas portuguesas. Dessa anatomia própria para trabalhar o campo.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

A Sara e a Tristana...





...acabaram de chegar. Esta mais próxima é a Tristana (imaginem que não é um baixo, mas uma guitarra).

terça-feira, dezembro 15, 2009

Letras de canções e o apelo irresistível do infinitivo -ar, -ar, -ar

Bairro amarelo
encalhado à beira mar
Bairro vermelho
atolado entre a areia e o óleo e a espuma do mar

O Atlântico não serve para sonhar
O Oceano existe só que é para matar

O peixe não cai do céu
puxa-se do mar vem a estoirar

A canalha vai de roda
a jogar e a brincar
sem dor
parto sem dor

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Ambiciono

ter discos à venda naquelas caravanas das feiras.

Estradas de Portugal: audácia e espírito conservador.

RR na memória 4 da telefonia.

Uma rima

No almoço em que abusei
Foi o Samuel Úria que citei.

Coisas que irritam #2

Blogues de irregular actualização.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Mundo de Aventuras #2: "De que vale ao homem ganhar o mundo..."


Coisas que irritam #1

Maus acabamentos.

Mundo de Aventuras

Hoje é dia de São Francisco Xavier sj, missionário, aventureiro do Reino. Hoje é dia de memória de grandes aventuras pelo mar e de planos para outras, novas, futuras e impossíveis empresas. Celebremos neste dia a China que nos comanda e espera. Para morrermos às suas portas.


segunda-feira, novembro 30, 2009

"Hoje só dá Samuel"

Não garante violentas comoções ou lixadas epifanias como O Caminho Ferroviário Estreito, nem nos reduz à nossa insignificância como Samuel Úria Em Bruto. A alta fidelidade comprometeu a verité? Provavelmente. Mas Samuel Úria está muito para além destas baratas considerações, sílaba a sílaba, caminhando para a eternidade. Qual Sammy Davis Jr., passo a passo, no plano final do Ocean's Eleven.


sexta-feira, novembro 27, 2009

A Ciência dos Futuros

Com os Modest Mouse, Secret Agent X-9, modesto minuto e doze segundos nos ouvidos, dou por mim a pensar em coisa costumeira: Navegar sem mapa. 

quinta-feira, novembro 26, 2009

Meteorologia #2 (porque o Som e a Fúria diz, também, que "o homem é a soma das suas experiências climáticas")

Espera-se chuva e céu nublado. Limpa-para brisas no máximo ou Inter-Cidades. É tempo de esquecer o Verão. Inconsequente esta última e nostálgica fixação que se fez sentir pelo Verão em 2009. Falo de discos, falo de bandas de roque, pois claro. Mas também falo de crónicas jornalísticas, indumentárias coloridas ou de olhares perdidos. O Outono serve para isto mesmo, esquecer o Verão e assumir o lado agreste da coisa. É tempo de calçar as meias altas, assumir a estação sem receios e tirar partido dela na sua plenitude: agora o mar atlântico é aquele que tormenta.
É certo que não neva. É certo que alguns jovens  com tendências crónicas para a tristeza têm algum medo (e é da maneira que escrevem mais canções). É certo que também me estou a convencer a mim próprio.

A virilidade da fé

 No seu ensaio A Agonia do Cristiniasmo, ed. Cotovia, Miguel de Unamuno, para além de duas ou três baboseiras, como a contracapa certeiramente confere aqui, Quando um jesuíta (...) vos disser que estudou muito, não acrediteis. É como se um deles, porque faz todos os dias 15 quilómetros de percurso dando voltas ao pequeno jardim da sua residência, vos dissesse que viajou muito (desde que Francisco Xavier sucumbiu às portas da China em 1552, que a Companhia de Jesus é, também, tradição de grandes viagens), tem, algumas, distintíssimas pérolas. Atente-se o título do capítulo VI, que utilizo como título deste postal, ou o conteúdo do mesmo logo no segundo parágrafo: A fé ingénua e robusta do padre Jacinto não compreendia que ilusão, recordação e esperança não são três hipóteses, mas uma só, que a esperança é uma recordação e que as duas são ilusões e que a fé é, segundo São Paulo, a substância das coisas que se esperam (Heb, XI, 1). A substância de se ser em português: ilusão-recordação-esperança todos num só  e querer sê-lo o mais longe possível dos mal-entendidos do mundo.




Esperança-ilusão-recordação pessoal a curto prazo: como o Padre Jacinto ou como uma criança, acreditar sem fazer perguntas. Ingénuo e Robusto.

terça-feira, novembro 24, 2009

Algumas notas acerca da cena popular

  1. Os jogos tradicionais, (inventar um desporto de campo português, como o futebol australiano);
  2. O artesanato (cumpri-lo);
  3. Os botins (viagem a Madrid, a ver se a lente do Sartorialist os apanha);
  4. As lutas (jogá-las com os inimigos);
  5. A música urbana (cumprida n'Os Capitães da Areia);
  6.  Tropicais (os jardins e as canções)
  7. As almas (mestiças)

Meteorologia #1 (Simetria)

Sol e frio. Cachecol e óculos escuros. Raçado de Brian Jones.

Hora Zero

E então ele começou a brincar com palavras. 
Um tempo antigo e ele brincou com terra. 
Antes de nós ele regou o quintal com sangue daqueles que matou. 
Não veio para fazer amigos, antes para preparar o caminho.


















Começam agora as aventuras ciberespaciais d'O Inventor.