quarta-feira, dezembro 29, 2010

Intimidade i



Não está em meu poder a possibilidade de escapar a esta intimidade com uma certa ideia de Portugal. É uma associação recíproca entre o sujeito da canção e as ruínas que restam de um país que não é o da Selecção Nacional de Futebol, nem do Tomás Taveira, nem dos centros-comerciais-que-são-os-maiores-da-península. É de outra ordem e é possível encontra-lo nesses lugares ondes os homens jogam cartas e falam pouco, onde o porco é morto em família, onde a maquinaria das coisas reserva-se a não alinhar com uma certa ideia de progresso.